Qual é o problema que o projetos social busca resolver?
Na Tekoha, a gente apoia organizações não só no desenho e elaboração de projetos a partir do início, mas também da reestruturação de projetos já em andamento, bem como na revisão dos seus indicadores de impacto. Em ambos os casos, sempre começamos buscando as informações sobre o projeto no qual vamos trabalhar com o objetivo de entender com profundidade qual é o problema social que o projeto precisa resolver.
Acontece com frequência que a reestruturação de um projeto já em andamento é necessária porque ao longo da sua execução percebeu-se justamente que, no início, talvez não fosse tão claro qual era o problema que o projeto precisava resolver. [o motivo pelo qual isso não era tão claro, é motivo para muitas outras conversas!]
Mas focaremos aqui: Uma das consequências disso é passar boa parte do projeto acompanhando, medindo e seguindo indicadores que não são verdadeiramente relevantes para quem está vivendo o projeto.
Por trás dos indicadores de impacto de um Projeto Socioambiental
Formalmente, a princípio, um indicador deveria ser uma medida quantitativa ou observação qualitativa que descreva mudanças. Para que o indicador meça uma mudança, ele deve ter um parâmetro (uma medida ou descrição do desempenho atual e um comparador) como um ponto de referência inicial. Os parâmetros devem ser definidos no início de um projeto ou próximo dele. O desempenho, durante a implementação do projeto, é medido em relação a um alvo (os aprimoramentos, mudanças ou alcances esperados durante a implementação do projeto), levando em consideração os parâmetros.
Os indicadores devem representar até que ponto um projeto está alcançando seus resultados, objetivos e impacto. Eles devem comunicar em termos específicos e mensuráveis o desempenho a ser alcançado a cada nível da mudança esperada. Os indicadores também devem ajudar a remover declarações vagas e imprecisas sobre o que esperar sobre cada ação realizada pelo projeto social.
O que acontece na prática quando falamos sobre Indicadores em Projetos Sociais
Em atividades junto a clientes que são fundações, institutos, ONGs e empresas sociais; em conversas e discussões com assessores, técnicos de campo; em formações sobre gestão de projetos, em bate papos com possíveis parceiros, com pares de trabalho também gestores de projetos, pessoas que leem relatórios de impacto de projetos sociais, invariavelmente há uma voz que diz algo que pode ser resumido como:
“Os indicadores do projeto não traduzem o verdadeiro impacto que o projeto gerou na vida das pessoas”
E por que ela sempre aparece? Cansamos de ouvir essa frase – ou as suas variações.
Gerir projetos sem perder a calma é muito difícil! A gente sabe. E só teoria não basta para resolver as dúvidas. A gente coordena um grupo no qual profissionais que gerenciam projetos de impacto discutem vários temas, inclusive construção de indicadores e a avaliação de projetos sociais! Conheça mais aqui: https://bit.ly/pqps.
Avaliando projetos sociais: já aconteceu com você?
Você já esteve envolvido em algum projeto no qual você viveu o desenho do relatório de resultados? Ou estava envolvido em alguma etapa da colheita dos dados para chegar nos indicadores de resultados? Ou nos indicadores de impacto?
Você já falou, ou já pensou alguma ou algumas das afirmações abaixo?
- “O que a gente devia mesmo estar medindo é…..”
- “O financiador não sabe que, na verdade, o que importa para a comunidade é….”
- “O que aparece no relatório não é o que faz diferença na vida da ‘D. Maria’ que mora lá…”
- “Não sei porque estamos gastando tanto tempo coletando essa informação, se podíamos estar coletando…..”
Fajutos: Indicadores de impacto de Projetos Sociais
Ok, usamos uma palavra forte no título pra chamar atenção. Uma palavra forte, mas uma palavra muito usada tipo em 1950. Podem não ser de tudo fajutos os indicadores! Mas o questionamento de profissionais do campo sempre fica: por que há a sensação de que os indicadores de impacto de um projeto social nunca refletem, na sua inteireza, a real transformação social causada na vida das pessoas?
Nosso palpite, pra começar é que não é uma sensação. É uma constatação.Primeiro: Não tem como achar que um indicador vai refletir 100% uma realidade. Dado isso, temos que levar em consideração outros pontos.
- Os indicadores e o processo de avaliação de impacto do projeto social a ser executado muitas vezes são criados/elaborados antes do projeto começar. Ao longo da execução, muita coisa mudou e alguns aspectos param de fazer sentido. possivelmente, os indicadores são alguns deles.
- Ao longo do projeto, agente aprende muito sobre a realidade da localidade, sobre o problema que achamos que conhecemos – e tantos aspectos que nem imaginamos. Que tal se dissermos lá no começo “olha, ao longo do projeto, a gente vai aprender várias coisas, e gostaríamos, desde já de deixar um espaço para considerar novos pontos de vista nos indicadores, que podem ser mais significativos, ou que poderão refletir mais a realidade, conforme o projeto passa”.
Definitivamente esses dois pontos não respondem todos as PQPS – perguntas e questionamentos sobre projetos sociais, e especialmente sobre avaliação de impacto de projetos sociais que temos. Mas falam um pouco sobre como nos comportamos quando estamos construindo projetos junto com clientes e participantes de formações que conduzimos.
Você ainda tem perguntas? A gente também! 😆
Se você ainda tem várias Perguntas e Questionamentos Sobre Projetos Sociais, a gente tem construído o “PQPS! Como gerenciar um projeto sem perder a calma?” uma jornada para gestores de projetos sociais discutirem e construírem soluções sobre gestão projetos de impacto. Conheça mais clicando no botão abaixo: