A Tekoha é: Márcio Pires
Aqui na Rede Tekoha nós acreditamos que cada indivíduo reflete no seu trabalho a pessoa que é, dando peso ao trabalho desenvolvido em equipe. Assim, cada projeto idealizado ou consolidado que passa pelas nossas mãos carrega também uma parte de quem somos como pessoa, da nossa bagagem cultural e do que almejamos para o mundo. Por isso, queremos apresentar um pouquinho de cada membro da nossa equipe atual e de sua aproximação com a área social.
Márcio Pires
Tive um período na minha carreira na qual eu produzi muita coisa bacana e isso graças à equipe com quem eu trabalhava. Como nenhuma equipe é eterna, ela se desfez. Eu me mantive na organização, mas não demorou muito para a minha vida começar a ficar difícil. Eu já sabia, mas percebi de maneira bastante concreta que aquela equipe era, de certa forma, uma barreira contra pressões indevidas. Sem aquele corpo coletivo, começaram aparecer coisas meio esquisitas na minha mesa.
No começo, fui na linha que prefiro: piano. Depois, vi que teria que bater de frente. Foi uma época tensa. Não dá nem para descrever os detalhes. Preferi me desvincular daquela organização. A vida seguiu.
Mais de um ano depois, numa sexta à noite, meu celular tocou. Era a última estagiária que eu tinha contratado, com quem eu nunca mais tinha falado. Me ligou para me fazer um agradecimento.
Estava acabando seu período de estágio e ela queria me contar que tinha tinha aprendido comigo sobre como organizar processos, estruturar textos, alimentar o site e trabalhar com planilhas: tudo isso que uma estagiária deve aprender.
Mas tinha mais uma coisa: o que ela realmente tinha aprendido comigo era que existem valores que nunca se negocia. E que, na hora de entrar em uma discussão ética, até podem tentar, mas nunca vão conseguir te quebrar. Fiquei meio paralisado, agradeci e fiquei pensando naquilo o final de semana todo.
De lá para cá, já passei por mais alguns lugares no terceiro setor, no “setor dois e meio” e na iniciativa privada. Mas o que eu sempre tive muito claro foi isso: não dá para dizer “veja bem” com grana pública ou com recursos que tenham fins sociais. Há alguns pontos que têm que ser muito “preto no branco”; e esse respeito e esse rigor no trato com recurso público sempre me acompanhou, com direito a boas tretas por aí.
Fique de olho! Assim como sobre o Márcio Pires, semanalmente, vamos contar um pouco mais da história de cada pessoa que faz parte da Rede Tekoha. Acompanhe-nos! Conheça mais do Márcio Pires na página dele no nosso site ou no LinkedIn.