A Tekoha é
Aqui na Rede Tekoha nós acreditamos que cada indivíduo reflete no seu trabalho a pessoa que é, dando peso ao trabalho desenvolvido em equipe. Assim, cada projeto idealizado ou consolidado que passa pelas nossas mãos carrega também uma parte de quem somos como pessoa, da nossa bagagem cultural e do que almejamos para o mundo. Por isso, queremos apresentar um pouquinho de cada membro da nossa equipe atual e de sua aproximação com a área social.
Morgana Krieger
“Eu nasci e cresci na roça. Eu e minha família morávamos em sítio no interior de Santa Catarina que era da minha mãe. Minha mãe nos criou sabendo o que era matar uma galinha e o que era plantar o que comer.Mesmo morando afastada da cidade, eu e minha irmã íamos todos os dias para escola na cidade vizinha. E com tal importância para os estudos, o caminho natural foi fizéssemos faculdade. Para a minha alegria e para a alegria dos meus pais, passei em direito na UFSC e me mudei para Florianópolis.
Durante a faculdade, me envolvi profundamente com uma organização estudantil chamada AIESEC. Nesta organização, nós nos questionávamos muito sobre qual era nossa vocação e sobre o que queríamos entregar para o mundo – um tipo de reflexão que eu não realizava na faculdade de direito.
Por meio da AIESEC, trabalhei em uma organização social na África do Sul – e foi uma experiência impactante!
Quando voltei, meu pai ofereceu trabalho “de verdade”: eu eu advogaria para as empresas nas quais ele trabalhava. Eu rejeitei a oferta e decidi inclusive nem fazer a prova da OAB. Eu sabia que se eu estivesse apta para advogar, e eu não encontrasse breve uma oportunidade no campo social, eu cederia a trabalhar como advogada – e não era isso que eu queria! Queria atuar no campo social.
Em seguida, participei do processo seletivo para uma vaga de assessora jurídica em uma federação setorial. Minha função seria acompanhar diretamente na Assembleia Legislativa do Estado os assuntos de interesse da federação, construir pareceres e orientar a tomada de decisão tanto de parlamentares, como da diretoria da federação.
Me parecia um trabalho interessante do ponto de vista intelectual e também relevante para todo um setor e para uma série de pessoas. A entrevista foi ótima, conversamos por mais de duas horas. Mas eu me lembro exatamente da frase que me disseram “Numa hipótese de na assembleia entrar em votação sobre uma construção em área de manancial e essa construção for de interesse da federação, sua responsabilidade como nossa assessora, será de defender que esta construção aconteça. e você não é a pessoa que vai fazer isso”.
Nunca uma negativa foi tão boa na minha vida! Daquele dia em diante, eu comecei dar aulas em uma escola de inglês e em seguida, fui contratada para trabalhar na fundação de uma unidade de uma organização social que já estava consolidada no Rio de Janeiro e estava iniciando suas atividades em Florianópolis. Até hoje, todas as minhas atividades profissionais e acadêmicas são relacionadas ao campo social”.
Fique de olho! Semanalmente vamos contar um pouco mais da história de cada pessoa que faz parte da Rede Tekoha. Acompanhe-nos!