Sugerimos uma retrospectiva histórica desde os meados dos anos 50 – período já um pouco mais consolidado de pós Segunda Guerra Mundial.
Filantropia na primeira metade do século XX
Nos anos 60, a atuação das empresas tinham um caráter mais filantrópico. Os grandes assuntos sociais que estavam sendo discutidos eram em 1948, a declaração dos direitos humanos foi publicada; a discussão em volta do tema do Apartheid e a segunda onda feminista que estava já consolidada.
Anos 70 e o início responsabilização
Vamos até os anos 70. O termo que começou a ser usado pelas empresas foi “responsabilidade social empresarial”. As grandes temáticas eram o Estado de Bem-Estar Social, e dois acontecimentos vão influenciar o campo dali pra frente: em 1972, o PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente foi criado; em 1973, o primeiro crash petróleo, em 1977 preço do barril subiu absurdamente; e em 1979, aconteceu o maior derramamento de óleo já registrado até então.
Anos 80 e o ambientalismo
Chegando nos 1980 a questão ambiental passa a ser incorporada ao discurso das empresas e o termo “responsabilidade ambiental empresarial” passa a ser mais utilizado. Os anos 80 foram marcados por uma crise econômica mundial e, aqui no Brasil, foi chamada de década perdida. Os países da América Latina, de maneira geral, tinham grandes dívidas externas e no Japão, uma das maiores crises imobiliárias já resgistradas, abalou o mercado financeiro.
A era da sustentabilidade começa nos anos 90
Em 1990, o tema que estava corrente nas empresas começa a ser “sustentabilidade”. Algumas ferramentas e temas discutidos até hoje, nasceram nos anos 90. O índice de desenvolvimento humano, o IDH foi lançado em 1990 e discutido amplamente. O social return on investments – o ROI – foi lançado em 1995. Este conceito foi passando a integrar, ainda que de maneira modesta, as discussões das empresas. Tamém foi nesta década que o índice de sustentabilidade da Dow Jones foi lançado e passou a participar das discussões no mercado financeiro.
Em 1992, aconteceu a ECO-92, a Agenda 21 foi lançada e o protocolo de Kyoto foi assinado em 1997.
Triple Bottom Line, a germinação do ESG
Já nos 2000s, o termo da sustentabilidade passa a ser bastante conhecido e difundido especialmente como “Tripé da sustentabilidade” (Triple Bottom Line), principalmente devido às publicações do inglês John Elkington que começaram a influenciar as grandes empresas. Além disso, na carona da Dow Jones, a Bovespa lança também o seu índice de sustentabilidade. Acontece em 2002, na África do Sul, a Rio+10, quando são lançados os ODMs, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Neste documento de 2005, você pode ler sobre a interação da Agenda 21 e dos ODMs no Brasil.
Os dias atuais: ESG e sua tendência
Finalmente, na última década completa que temos, os anos 2010, o termo mais utilizado e difundido pelas empresas e pelo mundo corporativo passa a ser “responsabilidade socioambiental empresarial”.
A discussão que Porter traz, com relação a “valor compartilhado” ou as também chamadas “relações ganha-ganha” passa a fazer parte das reflexões e das atitudes de boa parte das empresas corporativas. Também acontece no próprio Rio de Janeiro a Rio+20, a “remodelação” dos ODMs, com o lançamento dos ODSs – Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis. O acordo de Paris foi assinado e a temática do “setor 2,5” e do “Movimento das Empresas B” passa a dominar o campo do desenvolvimento socioambiental, e se difundir com rapidez no campo corporativo.
É possível ler neste post uma boa e simples prática de ESG nas empresas: acessibilidade.